segunda-feira, outubro 03, 2011

A geração de hoje costuma culpar as gerações anteriores por não terem se preocupado com a conservação do meio ambiente. A geração anterior diz que não, que no seu tempo, as coisas eram diferentes, que não haviam os riscos ambientais que há hoje.

Na verdade, temos de fazer uma reflexão com os olhos na realidade. Antigamente o impacto ambiental não era tão marcante, pois a humanidade era em menor número. No entanto, por milênios, florestas inteiras foram derrubadas, queimadas, rios contaminados, mas esta destruição e contaminação não impactava, porque as populações eram reduzidas.


Mais anteriormente ainda, no início da história do homem, quando ele ainda vivia em tribos nômades, eles tiravam tudo o que podiam da natureza ao redor, até nada sobrar e então partiam para lugares com mais abundância. A necessidade no entanto tornou o homem gregário, aprendendo a plantar e a domesticar animais para seu alimento.

Voltando á Idades Moderna, Contemporânea e Industrial,o aumento da população causou a queda dos feudos, diminuiu a enorme distância entre nobreza , burguesia e povo, e aos poucos as invenções foram surgindo, diminuindo o trabalho estritamente braçal, mas gastando mais energia e dinheiro.

Atingiu-se posições um pouco mais igualitárias com a Revolução Industrial, isto é, quando o povo percebeu que tinha força, ao parar uma produção inteira , descobrindo o movimento de classe chamado greve. Instalou-se então um mecanismo de progresso seguido de consumismo, misturado com os movimentos políticos que visavam o fortalecimento da democracia.

Nos primeiros tempos ocorreu o uso abusivo do carvão, com uma verdadeira depredação das minas, grande poluição do ar. As cidades enriqueceram e começaram a ter regalias, mais roupas, os primeiros carros, utensílios domésticos, alimentos industrializados, medicamentos, e as cidades cada vez mais cinzas...

Já em nossos dias, na Era Tecnológica e de Telecomunicações, formas alternativas de obtenção de energia foram surgindo. Cada vez mais as pessoas sabem dos assuntos mundiais, conhecem usos e costumes de paises distantes. Isto gera cultura, mas tambem gera ambição e vontade de ter mais e mais coisas. Na verdade o mundo hoje está voltado para o TER ( coisas materiais, consumismo) e o ESTAR ( obtenção de “status”, posição, poder, quer seja social, político, econômico). Há uma maior proporção de pessoas optando por viver sozinhas, surgem as moradias “one way” , as embalagens individuais nos supermercados (singlepack). E isso gera lixo, lixo, lixo, muito mais do que nossos recentes antepassados.

Paralelo ao excessivo lixo que vem sendo jogado no ambiente, sobretudo de embalagens plásticas, restos de bateria de celulares e eletrônicos, vem surgindo, pouco a pouco alternativas para que se reverta de alguma forma este gigantesco descuido , ônus do conforto, do progresso.

Mas o ser humano tem uma excepcional capacidade de adaptação, de raciocínio sobre a solução dos mais diversos problemas. Frente à ameaça do esgotamento energético e a decadência ambiental, o homem do século XXI sabe como nunca buscar alternativas viáveis, factíveis, não mais o sonhos de Júlio Verne. Mas tecnologia de fato, que pode mudar o rumo do panorama atual, senão de forma abrangente, pelo menos ideias que aos poucos mostrarão que há caminhos inumeráveis, dentro de uma consciência preservacionista e construtivista.

Hoje em dia não se pode pensar em produção, sem que esta ideia não esteja atrelada ao bem estar. Condições favoráveis ao trabalhador, ao operário, para que ele tenha prazer em produzir, e tenha tranquilidade, e principalmente vontade de produzir, de trabalhar. Ainda não é maioria, mas a tendência é atrelar medidas de bem estar econômico e social para que o trabalhador se sinta o melhor possível, e assim consiga atingir o apogeu de suas possibilidades. Muito diferente dos primeiros tempos da indústria, onde as condições eram completamente insalubres. O que há, na realidade, é que o homem, a medida que anda no caminho do Progresso, vai se tornando mais exigente, esquecendo-se às vezes do que era no tempo de seus antepassados, os pioneiros, achando mais fácil criticar que valorizar os fatos e pessoas que palmilharam os primeiros passos do progresso.

Em relação ao consumo dos recursos não renováveis , que concorrem para o aumento do efeito estufa, só mesmo o homem de hoje, consegue visualizar outros meios sustentáveis de obtenção de energia, como o vento, o sol, e mesmo a força das ondas.

Vejamos a energia solar. No nosso ponto de vista, a energia solar é inesgotável, onde é obtida através de placas. Inicialmente uma utopia, hoje obtém-se de forma mais popular, a partir de dois tipos de placa. Uma, que transforma a energia captada em calor, e outra, que já consegue transformar diretamente em eletricidade.

A energia do vento é aproveitada pelos senhores dos mares desde muitos séculos. Os primeiros barcos eram movidos apenas pela força dos ventos. Também na antiga Europa, desde as épocas medievais, utilizava-se a energia dos ventos nos moinhos de grãos. Hoje a energia dos ventos é transformada em energia elétrica, que move o mundo. Seu investimento ainda é bastante caro, mas sua manutenção é barata, e pode ser muito útil de obter como em todo o litoral de nosso Brasil.

Existe o Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa), conforme descrito no Decreto nº 5.025, de 2004, que foi instituído com o objetivo de aumentar a participação da energia elétrica produzida por empreendimentos concebidos com base em fontes eólica, biomassa e pequenas centrais hidrelétricas (PCH) no Sistema Elétrico Interligado Nacional (SIN). De acordo com a Lei n.º 11.943, de 28 de maio de 2009, o prazo para o início de funcionamento desses empreendimentos encerrou em 30 de dezembro de 2010.



Outra energia renovável é a obtida das ondas do mar, e considerando que temos um enorme litoral, há de se convir que exista um considerável potencial. O COPPE/UFRJ (Coordenação dos Programas de Pós-Graduação da Universidade Federal do Rio de Janeiro), está à frente de um projeto para construir a primeira usina de ondas das Américas. A tecnologia desenvolvida pelos pesquisadores da COPPE é baseada num princípio simples: ondas do mar movimentam flutuadores ligados a braços mecânicos, que acionam bombas hidráulicas e injetam água tratada de um tanque numa câmera hiperbárica (onde um condutor extremamente estreito faz a água ganhar enorme pressão), que depois é expulsa em jato equivalente a uma queda d’água de 500 metros de altura, similar a de grandes hidrelétricas. Esse jato movimenta a turbina hidráulica, que é ligada a um gerador, que, por sua vez, produz energia elétrica.

Há outras formas de aproveitamento da energia que vem do mar: em São Luiz do Maranhão, o COPPE utiliza a energia maré-motriz advém do “sobe e desce” da maré, funcionando como uma hidrelétrica tradicional. E ainda outro projeto no Norte do País estuda a geração de energia passa pelo funcionamento de turbinas eólicas submersas.

Não compreendo como o Brasil, um manancial de energia autossustentável, além de ser o maior produtor do mundo em gado de corte e entre os maiores produtores de aves, além de uma indústria promissora e original, ainda seja classificado como país em desenvolvimento lá na cauda, herança da antiga nomenclatura de “terceiro mundo”.

Então, não é o caso de se ficar olhando para o passado, quem fez ou deixou de fazer, mas sim observar o que temos na mão, o que podemos fazer hoje para palmilhar o amanhã, passo a passo, pedra por pedra, as diversidades se unindo, retomando com otimismo um caminho de regeneração do planeta, e esperança por tempos melhores.
Resta, frente a todas estas possibilidades de uma Nova Era, ter a consciência que o Planeta TERRA é um enorme organismo vivo e generoso, que desde sua origem, alberga todas as formas de vida, das mais primitivas às mais aperfeiçoadas, que somos nós seres humanos, e já que gostamos de proclamar sermos as espécies mais evoluídas, somos por isso mesmo os mais responsáveis por manter nosso domicílio planetário limpo e organizado, como gostamos que sejam nossos lares. Como fazemos parte desta aldeia global, cada um de nós é responsável por imaginar e fazer um mundo melhor. Muito diferente da atitude infantil de achar que haverá um final dos tempos, que estamos perto do final do mundo e nos prendermos á cantilenas e “chorumelas” sem ação, que não combinam com a herança daqueles que dedicaram suas vidas `à Esperança e `a Visão de um Mundo Novo e Promissor.


Alex Hudson
Rio Bonito - RJ


Fontes Pesquisadas:
http://www.mme.gov.br/programas/proinfa/
http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/energia/conteudo_251581.shtml

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"Projetar Brasília para os políticos que vocês colocaram lá,
foi como criar um lindo vaso de flores
para vocês usarem como pinico.
Hoje eu vejo, tristemente,
que Brasília nunca deveria ter
sido projetada em forma de Avião
e sim de Camburão...”.

A.D.



Tão lindas eram suas MATAS
Tão verdes eram seus montes
Tão límpidas eram suas aguas
Tão pacifico era seu povo
Hoje é apenas um arremedo do que foi ontem
O tal progresso insiste em exterminar tudo o que um dia foi bom, gostaria de lhe preservar aos meus olhos
Sobrou apenas a lembrança do que você já foi MINHA AMADA RIO BONITO.

Alex Hudson
(27/11/2011)