De acordo com pesquisas feitas pelo SEBRAE, foram apuradas estimativas da Ernest & Young, em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), que o investimento em obras de infraestrutura foi na ordem de R$ 22,46 bilhões.
Foi injetado cerca de R$ 112,79 bilhões na economia brasileira, com a produção em cadeia de efeitos diretos, indiretos e induzidos. Apenas no setor de tecnologia da informação (TI), foram necessários investimentos de mais de R$309 milhões para acomodar o grande fluxo de dados associado ao megaevento.
Segundo o Portal da Copa, o “Projeto Copa do Mundo”, realizado pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), trouxe 2.300 compradores, investidores e formadores de opinião estrangeiros ao Brasil para realizar agendas de negócios e acompanhar os jogos do Mundial. Durante a Copa do Mundo da FIFA 2014, vem sendo desenvolvidas ações de promoção comercial e atração de investimentos que visam a estimular as exportações brasileiras e captar investimentos, bem como projetar a imagem comercial do Brasil no mercado internacional.
Desenvolvido em parceria com mais de 700 empresas e entidades setoriais brasileiras, o Projeto Copa do Mundo deve superar o resultado de negócios registrado pela Apex-Brasil na Copa das Confederações da FIFA, que alcançou US$ 3 bilhões entre exportações e investimentos atraídos ao país. Nesta primeira fase do projeto, entre 15 e 30 de junho de 2013, a Apex-Brasil recebeu 903 empresários estrangeiros vindos de mais de 70 países.
Convidados de 104 países estão se encontrando com representantes dos setores brasileiros de Tecnologia e Saúde; Casa e Construção; Alimentos, Bebidas e Agronegócios; Moda; Máquinas e Equipamentos; Economia Criativa; e Serviços. Mais de 800 agendas de negócios foram organizadas pelas empresas e entidades setoriais parceiras, nos dias anteriores e posteriores aos jogos, e incluem reuniões com compradores, palestras e seminários, visitas a fábricas, fazendas, laboratórios e outras instalações produtivas.
Foram realizados através do Pronatec Turismo, distribuídos por 120 municípios do Brasil, incluindo todas as cidades-sede da Copa do Mundo. Somente em Brasília, cerca de 3.219 alunos concluíram as qualificações. O programa é uma parceria do Ministério do Turismo com o Ministério da Educação. O objetivo é capacitar trabalhadores para atender com qualidade e competência os visitantes e fortalecer a imagem do país como destino turístico.
Em São Paulo, além da construção da Arena Corinthians – sede de seis partidas da Copa de 2014 – foram feitas seis intervenções na região visando a melhoria da mobilidade urbana, melhorando bastante o deslocamento dos moradores da região leste . Ainda em São Paulo, a expectativa é que a capital receba até o final do evento, cerca de 500 mil turistas, gerando um lucro de mais de R$ 1 bilhão.
Em Porto Alegre, conforme o governador Tarso Genro, a economia gaúcha movimentou, somente com os visitantes, mais de R$ 1 bilhão. Foram gastos, em média, R$ 3 mil por pessoa em hospedagem, transporte, alimentação e outros serviços. A ocupação hoteleira média foi de 80% num raio de 200 quilômetros de Porto Alegre. O comércio de serviços teve um acréscimo de 50% da demanda, e os de turismo, 40%.
Em Recife, o turismo movimentou o comércio do artesanato local, com aumento das vendas em até 50%. Mesmo terminando a participação da Copa na cidade, muitos turistas, estrangeiros e brasileiros continuaram por lá aproveitando para passear e conhecer o Nordeste. Além disto, ocorreu o movimento “Copa Cachaça”, com o intuito de promover o aumento da exportação da bebida, com produção de 800 milhões de litros por ano. A degustação envolveu nove marcas de cachaça, cada uma com portfólio diferente incluindo destilados brancos, envelhecidos ou bebidas mistas, todas produzidas em Pernambuco. Na ação junto aos turistas, foram preparadas as famosas caipirinhas (com limão, açúcar e gelo) e entregues materiais informativos em versão trilíngue. A equipe de divulgação também atuou junto aos 3,5 mil mexicanos hospedados em um transatlântico atracado no Terminal Marítimo de Passageiros, no Porto do Recife, enquanto eles estiveram na cidade.
Em Belo Horizonte, com foco em dois setores da nova economia – Tecnologia da Informação/Startups e Biotecnologia -, o programa Goal Belo! alcançou cerca de R$ 75 milhões em negócios na sua segunda edição, promovida somente durante a primeira fase da Copa do Mundo em Belo Horizonte. Além disso, reformado para a Copa do Mundo de 2014, o Mineirão se tornou o primeiro estádio brasileiro a receber o Selo Platinum do U. S. Green Building Council (USGBC), categoria máxima na certificação Leadership in Energy and Environmental Design (LEED). A arena de Belo Horizonte cumpriu oito itens considerados pré-requisitos e ainda apresentou inovações sustentáveis que não eram exigidas pelo USGBC para conquistar a graduação.
Em Cuiabá, somente de turistas estrangeiros, passaram por Cuiabá mais de 108 mil. A Secretaria de Turismo calcula que o impacto na economia local tenha sido superior a R$ 311 milhões. Em seus 295 anos, Cuiabá, até então, nunca havia vivenciado a experiência de receber tantos turistas, de culturas e idiomas tão distintos, em um determinado período, além de ter adquirido uma visibilidade como nunca ocorrera antes.
Em Cuiabá, somente de turistas estrangeiros, passaram por Cuiabá mais de 108 mil. A Secretaria de Turismo calcula que o impacto na economia local tenha sido superior a R$ 311 milhões. Em seus 295 anos, Cuiabá, até então, nunca havia vivenciado a experiência de receber tantos turistas, de culturas e idiomas tão distintos, em um determinado período, além de ter adquirido uma visibilidade como nunca ocorrera antes.
No Rio de Janeiro, estima-se que a ocupação hoteleira no Rio de Janeiro durante as oitavas de final da competição tenha alcançado 89,40% e durante as quartas de final, será por volta de 87,09%. Os bairros que apresentam melhor desempenho durante toda a Copa do Mundo, são Ipanema/Leblon, com ocupação média de 93,51%, Leme/Copacabana (92,10%) e Barra da Tijuca/São Conrado (90,33%). Por todas as partes, nos ônibus, metrôs, praias e calçadas, a mistura de línguas e costumes agitam ainda mais a metrópole mais badalada da Copa, no meio do dia a dia da rotina do carioca. Por todos os lugares, restaurantes, quiosques, supermercados e lojas de roupas, os lucros com certeza estão superando os gastos. Apenas em relação aos turistas sul-americanos está havendo uma certa reserva, pois além de consumirem pouco, algumas vezes tem atrapalhado a ordem pública, acampando em locais proibidos, e arranjando confusão pelas ruas, embora de modo geral, não se tenha registrado ocorrências de grande projeção, como alguns pessimistas temiam.
Em todas as cidades onde tem ocorridos os jogos, há a Fan Fest, que tem gerado possibilidade de interação entre brasileiros e estrangeiros. Quanto a este aspecto, é importante estar ciente que a Fan fest não é um festa para o povo, mas para a FIFA, e embora patrocinada em parte, apenas pelos seus parceiros, como a Coca-Cola, Emirates Airlines, Sony, Hyundai-Kia Motors, Adidas, Visa e eventualmente o Mc Donald, Budweiser e Itaú num escalão hierarquicamente inferior, além da participação da TV Globo. No caso de existir espaços de vendas de anúncios, os mesmos foram comprados pela cidade-sede. Isso também se aplica a todo o entorno das áreas das festas quem vai pagar depois a conta dos eventos na verdade será o povo, de alguma forma, já que grande parte dos custos teve de ser assumido pelos municípios. À exceção da estrutura do telão e do palco e dos banners com as marcas que ficarão ao encargo da Fifa e da organização e transmissão dos shows que serão responsabilidade da TV Globo, todo o restante da estrutura e gestão evento – local, limpeza, segurança, cercas, barreiras antichoque e barricadas, estacionamento, seguros, licenças e custos legais, estruturas de torres e andaimes, água, energia, iluminação do local, contêineres, estruturas de comunicação, alimentação, sanitários, guindastes e plataformas elevatórias, pronto socorro, tráfego e transporte, etc. – será custeado pela cidade-sede, isto é, será dinheiro público. Estas informações se encontram no blog do Juca Kfouri.
Como tudo na vida, futuras análises deste evento grandioso, mostrarão pontos a favor e pontos desfavoráveis. Com certeza houve maior consumo de álcool e drogas e aumento da prostituição, mas isto não cabe somente ao Estado, mas à consciência e atitude de estar alerta quanto ao bem estar e segurança de seus filhos e parentes. Ainda há muito tempo para balanços sobre isto tudo, mas no meu modo de ver, a Copa do Mundo padrão Brasil está dando certo, e tem sido positiva para nós, povo brasileiro. Apenas não devemos ficar amortecidos, pois logo após seu término, deveremos estar antenados aos acontecimentos que se encadeiam, em relação à nossa economia e aos eventos políticos que vem por aí. Devemos ficar de olhos bem abertos, acordados, conscientes e atuantes.
Alex Hudson
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